Governo confirma que fungo em fezes de aves e morcegos causou contaminação em hospital no ES

  • 10/11/2025
(Foto: Reprodução)
Sesa conclui que fungo causou surto no Hospital Santa Rita, em Vitória O fungo Histoplasma, comum em fezes de aves (como pombos) e morcegos, causou a contaminação no Hospital Santa Rita, em Vitória, que levou à internação de quase 100 pessoas na ala oncológica. A informação foi confirmada em coletiva de imprensa pelo secretário Tyago Hoffman, na manhã desta segunda-feira (10). As investigações seguem para identificar como o fungo entrou no hospital, mas a Vigilância Sanitária trabalha com as hipóteses de que ele tenha entrado pelo ar-condicionado ou alguma fresta. 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp "Nós concluímos a investigação sobre o surto. Podemos afirmar com certeza que foi causado por Histoplasma. Já temos mais de 30 casos confirmados de amostras de pessoas que estavam entre os suspeitos", afirmou Hoffman. Ao todo 141 casos estão sendo investigados, sendo 33 confirmados, entre funcionários, pacientes e acompanhantes da ala oncológica do hospital. O local é referência no tratamento oncológico no Espírito Santo e atende pacientes da rede pública e privada. "Nós continuaremos testando todos os casos suspeitos, até para que a gente tenha uma estatística mais precisa de quantos casos de fato foram contaminadas pelo fungo. Mas, para conclusão, a gente já pode afirmar com convicção que o surto foi causado pelo Histoplasma", disse o secretário. Na última segunda-feira (4), a Secretaria de Saúde já havia indicado que os laudos laboratoriais em alguns dos casos suspeitos confirmavam a infecção por Histoplasma, fungo que costuma estar presente em fezes de aves (como pombos) e morcegos. MAIS SOBRE ESTE CASO: 'Muita falta de ar', diz vítima da contaminação Técnica de enfermagem entubada não responde ao tratamento: ‘pulmão não reage’, diz marido Técnica de enfermagem entubada após contaminação em hospital do ES recebe alta; VÍDEO Hospital Santa Rita, Vitória, Espírito Santo. Ricardo Medeiros/A Gazeta Bactéria é encontrada e secretário fala em "problema paralelo" A bactéria Burkholderia também foi encontrada nas amostras de duas pessoas, que estavam em estado grave e são funcionárias da unidade. Inicialmente, a bactéria estava presente em um bebedouro da área de descanso de funcionários. "O surto foi causado pelo Histoplama, o volume de casos. No entanto, nós tivemos um problema paralelo e foi dessa bactéria que contaminou. Até o presente momento, duas técnicas de enfermagem que já testaram positivo numa amostra sanguínea", completou o secretário. Hospital Santa Rita, Vitória, Espírito Santo. Ricardo Medeiros/A Gazeta Fungo não é transmitido entre pessoas A infecção por Histoplasma ocorre geralmente pela inalação de esporos que se espalham pelo ar. Em pessoas saudáveis, pode provocar sintomas parecidos com os de uma pneumonia leve, como febre, dor no corpo e tosse. O risco aumenta em pacientes com baixa imunidade, como os que estavam internados na unidade oncológica. "É uma doença muito comum entre agricultores, que movimentam a terra. Quando você movimenta a terra, se animais, como aves ou morcegos, estiverem presentes ali, essas pessoas podem ter contaminação", explicou o secretário de saúde. Apesar disso, a Secretaria de Saúde reforçou que não há transmissão interpessoal, ou seja, os contaminados não passaram a doença para familiares. Bebedouros do Hospital Santa Rita em Vitória, Espírito Santo, foram lacrados Reprodução Quase 50% dos pacientes oncológicos faltaram consultas A área do hospital onde a contaminação aconteceu trata de pacientes com câncer. Após o anúncio da contaminação misteriosa, pacientes começaram a faltar consultas marcadas. O local não tinha sido isolado e continua funcionando normalmente. "Em algumas áreas do hospital, como radioterapia e os exames de cintilografia, a abstenção é de quase 50%. Isso é muito grave e com certeza pode gerar consequências para a saúde das pessoas", concluiu o secretário. Relembre a cronologia do caso 📅 13 de outubro (terça-feira): início dos sintomas Profissionais da ala oncológica do Hospital Santa Rita começaram a apresentar sintomas gripais intensos, como febre alta, dor no corpo, dor de cabeça e dificuldade para respirar. 📅 17 a 19 de outubro (sexta a domingo): evolução dos casos Entre o terceiro e o quarto dia de doença, os sintomas evoluíram para dor torácica, e os funcionários procuraram atendimento no hospital. Foram realizados exames de imagens e o hospital notou semelhanças entre os padrões da tomografia, o que acendeu um alerta de que se tratava de algo diferente que acometia os profissionais. 📅 20 de outubro (segunda-feira): governo do estado é informado Sesa tomou conhecimento do surto, às 7h. Logo em seguida, uma equipe da vigilância se deslocou para o hospital para que amostras fossem colhidas com o objetivo de identificar de onde o surto estaria vindo. Neste dia, a informação confirmada era de 14 internados. 📅 22 de outubro (quarta-feira): amostras para análise A ala oncológica foi isolada preventivamente, e pacientes foram transferidos para outros setores do hospital. Sesa continuou a coleta de amostras de água, ar, roupas de cama e superfícies para análise. 📅 23 de outubro (quinta-feira): recomendações técnicas Um ofício foi encaminhado pela Sesa com recomendações técnicas orientando profissionais da saúde sobre reforço nas medidas de segurança principalmente ao atender/internar funcionários do Hospital Santa Rita. Hospital Santa Rita, em Vitória Reprodução/ TV Gazeta 📅 24 de outubro (sexta-feira): Sesa confirma investigação As internações dos profissionais de saúde afetados já ocorriam há mais de uma semana quando o caso se tornou público, no dia 24, com a confirmação da Sesa sobre uma investigação de contaminação biológica no Hospital Santa Rita. A secretaria informou que as hipóteses mais prováveis envolvem bactéria ou fungo, com possível origem em sistemas de água ou ar-condicionado. O secretário de Saúde, Tyago Hoffmann, afirmou que os sintomas se assemelham a pneumonia grave, mas ainda sem agente causador identificado. Confirmação de que nenhum paciente oncológico está entre os contaminados. 📅 25 de outubro (sábado): sem transmissão entre contaminados Até este momento, eram 26 casos de contaminação confirmados. A Sesa e o hospital reforçaram que não há transmissão interpessoal confirmada, ou seja, profissionais não passaram a doença para familiares, reforçando a hipóteses de causa ambiental. A ala oncológica continuou isolada e o hospital manteve os atendimentos e cirurgias eletivas, embora alguns médicos tenham adiado procedimentos por precaução. Outros hospitais como a unidade da Unimed Espírito Santo e o Vitória Apart tornam mais rígido o protocolo de prevenção de contaminação. 📅 26 de outubro (domingo): aumento de casos suspeitos A Sesa informou que passou a investigar 12 novos casos suspeitos, incluindo pacientes e acompanhantes. Desses novos casos, duas pessoas estavam em UTI e dez em enfermarias. O número total de funcionários infectados chega a 33. A direção do hospital divulgou nota dizendo que “segue colaborando com as autoridades de saúde” e reforçou que os pacientes oncológicos permanecem estáveis. 📅 27 de outubro (segunda-feira): apuração de responsabilidade Técnicos do Ministério da Saúde da equipe epidemiológica foram enviados para Vitória para acompanhar o caso em uma sala de situação montada no hospital. Os agentes vão enviar amostras dos infectados para laboratório de referência da Fiocruz no Rio de Janeiro, para pesquisa de agentes biológicos compatíveis com os sinais e sintomas dos pacientes. Sesa informou que um, dos três centros cirúrgicos do Hospital Santa Rita, foi fechado. A secretaria anunciou a abertura de uma apuração administrativa para identificar possíveis responsabilidades do hospital na contaminação. Também determinou que o Hospital Santa Rita apresente relatórios sobre rotinas de higienização, manutenção dos sistemas de água e ar-condicionado, além de planos de contingência. Amostras coletadas seguem em análise laboratorial para identificação do agente causador. O secretário estadual de Saúde, Tyago Hoffmann, afirmou que boa parte dos vírus já foram eliminados, e as doenças Covid-19 e Influenza A e B foram descartadas. Segundo o hospital, a situação segue sob monitoramento, e nenhum novo caso foi registrado desde o dia 22. Nesta segunda-feira (10), Sesa atualizou informações sobre o surto de infecções no Hospital Santa Rita de Cássia, em Vitória, Espírito Santo. Reprodução/ TV Gazeta 📅 28 de outubro (terça-feira): pacientes entre os suspeitos infectados Número de casos suspeitos aumenta em 43%: sobem de 48 para 69. O secretário de saúde explica que aumento considerável no número de notificações ocorreu após novos critérios adotados pelo Ministério da Saúde. Os novos casos já existiam, mas foram notificados somente agora. Mudança ocorreu após nova nota técnica ser divulgada e uma reclassificação de pacientes já internados ser realizada. A Secretaria investigava 69 casos suspeitos: 46 funcionários, 8 pacientes, 9 acompanhantes e 6 sem informação. Entre os internados, 5 estão na UTI, sendo um deles um paciente oncológico. Ala oncológica segue isolada. Nenhum novo caso desde 22 de outubro. O aumento do número de casos se dá pela mudança na forma em que os casos são notificados. Agente causador ainda não identificado, mas hipótese ambiental é a mais provável. Sesa apura responsabilidades do hospital e mantém acompanhamento diário. Vídeos: tudo sobre o Espírito Santo a Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo

FONTE: https://g1.globo.com/es/espirito-santo/noticia/2025/11/10/governo-confirma-que-fungo-em-fezes-de-aves-e-morcegos-causou-contaminacao-em-hospital-no-es.ghtml


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